Dia Nacional de Bike ao Trabalho: uma data para não esquecer jamais

O post que você vai ler aqui não é jornalístico, não é uma crônica, nem um artigo. É um texto escrito com o coração. Hoje é dia 10 de maio, sexta-feira, e para sempre vou guardar essa data na memória. Porque foi o Dia Nacional de Bike ao Trabalho 2013. Inspirado no Bike to Work Day, é a primeira vez que é realizado no Brasil e foi promovido pelo Bike Anjo.

De bike ao trabalho 2013

O lançamento foi dia 1º de maio e logo que fiquei sabendo propus à empresa onde trabalho, Agência TUTU, que abraçou a causa e me deu apoio para conversar com os colaboradores. Após uma campanha corpo a corpo, 10 pessoas (eu incluso) toparam participar, o que representa 20% da empresa. São pessoas que usam a bicicleta como lazer nos fins de semana ou que há algum tempo não pedalavam e viram nesse dia uma oportunidade de retomar um relacionamento antigo com a magrela: Filipe, Priscilla, Noelle, Gabriel, Denize, Camila, Kareen, André, Demian e eu (Enzo).

Alegria..... / Crédito: Gabriel Pelosi

Alegria….. / Crédito: Gabriel Pelosi

Para que essa ação fosse possível, o apoio de bike anjos foi inestimável. E eles merecem todo aplauso, pois são pessoas que se disponibilizaram a ajudar estranhos. Nenhum deles se conhecia até se encontrarem. Daisy e Rejane, vocês são especiais e causaram grande impacto nesse dia especial.

Vou falar de uma maneira especial da Denize, amiga que fiz a pouco tempo no trabalho, moradora do Tucuruvi, na Zona Norte, e que topou participar do Dia Nacional de Bike ao Trabalho com grande entusiasmo.

Nos preparamos juntos durante a última semana para que pudéssemos fazer o percurso com segurança. Foram doze quilômetros de trajeto, o maior entre os participantes, percorrendo avenidas em 90% do tempo, vencendo a praça Campo de Bagatelle, uma das maiores rotatórias de São Paulo, e passando por duas pontes, a das Bandeiras, sobre a Marginal Tietê, e a sobre o rio Tamanduateí.

Tivemos um problema mecânico no caminho, que deu trabalho, mas não nos faria desistir. Fomos em um ritmo tranquilo, sinalizando aos motoristas nosso trajeto e contando com a gentileza deles. Apenas dois motoristas e um motoqueiro não nos respeitaram, mas ficamos bem.

O problema mecânico fez com que nos atrasássemos para a chegada programada, entre 8h30 e 9h. Mas não tem problema, fomos no nosso ritmo. A alegria dela durante o trajeto era contagiante. Durante o trajeto ela se lembrou da música “I’m walking on Sunshine” e fomos cantando por um trecho. Cada início era festejado e celebrado. E isso é contagiante, não tem como ficar indiferente. Quem estava na rua olhava com alegria e celebrava a empolgação dela. Policiais militares e a Guarda Civil Metropolitana nos cumprimentaram, motoristas acenavam e apoiavam. Davam passagem, foram pacientes. A alegria ao andar de bicicleta externada pela Denize criou um ambiente maravilhoso.

Denize nos metros finais / Crédito: Emiliano Hagge

Denize nos metros finais. Bonde Tucuruvi (ZN) para Bela Vista / Crédito: Emiliano Hagge

Os metros finais foram emocionantes. Um trecho de subida na rua Rocha. Já conseguia ver o Gabriel e o Emiliano na esquina da rua Rocha com a rua Itapeva. Eles nos filmavam e fotografavam, respectivamente. A Denize estava cansada pelo esforço da subida, mas não desistia. Dobramos a esquina e todos que foram de bike nos esperavam com uma festa grande, com muitos sorrisos e gritos de alegria.

Que felicidade ver as pessoas festejando o fato de andarmos de bicicleta na rua. Isso deveria ser tão normal quanto caminhar ou respirar. A bicicleta ocupa um lugar especial na infância da maioria das pessoas e muitos lamentam não poder andar em São Paulo por não se sentirem seguros. Dias como esses e a alegria demonstrada pela Denize durante todo o trajeto, após cada etapa vencida renovam a minha fé de que podemos ter mais amor no trânsito, que as pessoas não precisam se agredir mutuamente, que é possível termos convivência pacífica.

Kareen, Camila e Gabriel, bonde do Centro para Bela Vista

Kareen, Camila e Gabriel, bonde do Centro para Bela Vista

E me faz pensar que se o poder público desse mais espaço a esse transporte saudável, econômico e não poluente, mais pessoas optariam por pedalar. A mudança é possível, basta querer. Aos poucos, as bicicletas vão tomar conta das ruas de maneira permanente.

Filipe e Priscilla, na Paulista, com o apoio da bike anjo Rejane Barion / Crédito: Rejane Barion

Filipe e Priscilla, na Paulista, com o apoio da bike anjo Rejane Barion / Crédito: Rejane Barion

Dia Nacional de Bike ao Trabalho, um dia que jamais vou esquecer, e mais nove novos ciclistas também não. Que felicidade.

Noelle e Daisy, na chegada ao trabalho / Crédito: Emiliano Hagge

Noelle e Daisy, na chegada ao trabalho / Crédito: Emiliano Hagge

Na página da Agência TUTU no Facebook você pode ver as fotos do pessoal que participou.

10 carros a menos nas ruas de São Paulo / Crédito: Enzo Bertolini

10 carros a menos nas ruas de São Paulo / Crédito: Enzo Bertolini

Fonte:BikePedaleCia
Leia o original aqui:
Dia Nacional de Bike ao Trabalho: uma data para não esquecer jamais

admin

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.